Brasília DF
- Hospedagem
- Curiosidades sobre Brasília
- Como surgiu Brasília
- O Plano Piloto NÃO é um avião!
- Qual a diferença entre Distrito Federal, Brasília e Plano Piloto?
- Eixo Monumental e Eixo Rodoviário
- Palácio da Alvorada
- Palácio do Jaburu
- Esplanada dos Ministérios
- Congresso Nacional
- Praça dos Três Poderes
- Palácio do Planalto
- STF - Supremo Tribunal Federal
- Mastro da Bandeira Nacional
- Panteão da Pátria e Liberdade
- Espaço Lúcio Costa - Museu Subterrâneo
- Museu Histórico de Brasília
- Palácio da Justiça
- Palácio do Itamaraty
- Catedral Metropolitana de Brasília
- Museu Nacional e Biblioteca Nacional
- Teatro Nacional Cláudio Santoro
- Ponte JK
- Lago Paranoá
- A Vila Amaury, uma cidade no fundo do Lago
- Pontão do Lago Sul
- Brasília Parte 2
Hospedagem
Brasília tem o setor hoteleiro, onde se concentram os hotéis mais bem localizados. Eles ficam próximos do Eixo Monumental e bem perto dos principais pontos turísticos.
Ficamos hospedados no Hotel Manhattan Plaza. Perto dele ficam também o Fusion Hplus, o Windsor Brasília, o Hotel Cullian e vários outros.
O legal desses hotéis é a vista. A maioria deles têm varanda virada para a Esplanada dos Ministérios e para o Congresso Nacional. Um hotel com uma vista assim em Brasília já é um atrativo à parte.
Vista da varanda do nosso quarto de hotel.
Curiosidades sobre Brasília
-
Brasília foi profetizada 77 anos antes de existir. Em 1883, um padre sonhou com uma terra próspera construída exatamente nas coordenadas onde Brasília está hoje. Ele foi declarado padroeiro da cidade.
-
Brasília é uma cidade jovem, tem apenas 61 anos (2021).
-
A data da inauguração de Brasília (21 de abril de 1960) foi escolhida para ser o mesmo dia e mês da execução de Tiradentes (21 de abril de 1792).
-
O nome "Brasília", versão em latim de Brasil, foi o nome escolhido por José Bonifácio em 1821 para chamar a capital do país, que na época era o Rio de Janeiro. Como naquele tempo o nome não pegou, ele foi usado para batizar a capital atual.
-
Brasília é a 3ª cidade mais populosa do Brasil, com 3 milhões de habitantes (2023). Só fica atrás de São Paulo (13 milhões) e Rio de Janeiro (6,6 milhões). Salvador vem em 4º lugar. Veja as Maiores e Menores Cidades do Brasil
-
Brasília é a maior cidade do mundo construída no século 20.
-
O Eixo Monumental é a via pública mais larga do mundo, com 250 metros de largura.
-
Devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico, Brasília possui a maior área tombada pelo Patrimônio Histórico do mundo, com 112,5 quilômetros quadrados.
-
BSB foi planejada pensando no automóvel como principal meio de transporte. É uma cidade ampla, com longos deslocamentos entre um lugar e outro. Por isso é recomendado alugar um carro para rodar pela cidade. Andar à pé não é impossível, mas é bem difícil, principalmente para atravessar as ruas.
O carro que nós alugamos.
-
Brasília é a terceira capital do Brasil. A primeira foi Salvador e a segunda foi o Rio de Janeiro.
-
Brasília é a terceira cidade mais rica do país.
-
Brasília NÃO é considerada uma cidade, por isso não tem prefeito, mas tem governador!
-
O Lago Paranoá é um dos maiores lagos artificiais do mundo.
-
No fundo do Lago Paranoá tem uma cidade submersa.
-
O Plano Piloto NÃO é um avião.
-
Em Brasília, as ruas não têm nomes, e sim coordenadas com números. A cidade é dividida por setores e os endereços são blocos numéricos.
Tela do nosso GPS.
-
A maioria das pessoas que foram para Brasília trabalhar nos órgãos públicos saíram do Rio de Janeiro. Então a cidade tem fortes influências cariocas.
-
A maior pedra de cristal puro do mundo fica em Brasília, no topo de uma pirâmide de sete lados com piso em espiral.
-
Além do turismo histórico, arquitetônico e cívico, Brasília atrai também o turismo espiritual, com templos ecléticos bastante interessantes e vários em formato de pirâmide.
Como surgiu Brasília
A ideia de levar a capital do país para o interior do Brasil passou pela cabeça de muita gente. Mas foi com Juscelino Kubitschek que ela saiu do papel. Quando JK venceu a eleição presidencial em 1955, ele começou a colocar em prática uma das principais metas de sua campanha, que era migrar a capital federal (antes no Rio de Janeiro) para algum lugar no centro do Brasil, com o argumento de promover o desenvolvimento do interior e a integração do país.
Através de um concurso público nacional, o traçado da nova capital foi escolhido. O projeto vencedor foi o do arquiteto Lúcio Costa, com seu famoso "Plano Piloto". Depois foram escolhidos quem daria corpo ao projeto, que foi o arquiteto Oscar Niemeyer e o engenheiro Joaquim Cardozo. Niemeyer criava e Joaquim Cardozo executava.
O Plano Piloto correspondia a tudo que JK esperava: o automóvel no topo da hierarquia viária, em uma cidade ampla, com edifícios bem afastados uns dos outros e separados por grandes áreas verdes.
Foi escolhida uma área dentro do estado de Goiás de 50 mil km², que fica na região Centro-Oeste no Planalto Central, e chamaram de Distrito Federal. Dentro do DF, as obras do Plano Piloto começaram a todo vapor em 1956.
A cidade foi construída em tempo recorde, sendo inaugurada no dia 21 de abril de 1960. A data foi simbolicamente escolhida para ser o mesmo dia e mês da execução de Tiradentes (líder da Inconfidência Mineira), considerado um herói da pátria cheio de ideias de democracia e liberdade.
O Plano Piloto NÃO é um avião!
Na verdade, "Plano Piloto" foi o nome do concurso realizado em 1957 para escolher o desenho urbano da nova capital brasileira.
O termo “Plano Piloto” é usado em várias áreas quando o projeto é começado do zero, que foi o caso de Brasília. Então nesse caso, "piloto" não tem nada a ver com "avião".
Dos 26 projetos apresentados, o vencedor foi o de Lúcio Costa, que se inspirou no sinal da cruz para desenhar a cidade. O que ocorreu foi que, um dos eixos precisou ficar arqueado para se adequar melhor ao terreno da região.
Tanto que, a princípio, o nome da capital não seria Brasília, mas sim Vera Cruz, repetindo o primeiro nome dado ao Brasil pelos portugueses quando aqui chegaram. Mas a população local e a própria mídia apelidaram a área de "avião" por se assemelhar a uma aeronave vista de cima.
Outro fator que também contribuiu para a confusão, foi o fato dos Eixos se chamarem ‘Asa Norte’ e ‘Asa Sul’. Mas o termo “Asa” é muito usado na construção civil para se referir a "Ala", que significa “um lado” de um projeto. E de novo, "Asa" nesse caso, não tem nada a ver com "avião".
Quando era questionado sobre a aparência de um avião, Lúcio Costa declarou várias vezes que a capital federal "estava mais para uma borboleta”, do que para uma aeronave.
O projeto de Lúcio Costa.
Qual a diferença entre Distrito Federal, Brasília e Plano Piloto?
O Brasil é formado por 26 estados mais o Distrito Federal.
Quando resolveram migrar a capital do Brasil do Rio de Janeiro para outro lugar, foi escolhida uma área de 50 mil km² dentro do estado de Goiás, e chamaram de Distrito Federal (DF).
Para facilitar, vamos dizer que o DF seja uma espécie de “estado.”
Bandeira do DF.
Dentro do Distrito Federal, construíram o Plano Piloto, que quando foi concluído passaram a chamar de Brasília. Então, Plano Piloto e Brasília são a mesma coisa.
A cidade cresceu além do Plano Piloto. Ao redor de Brasília foram criadas as "cidades-satélites" (ou cidades-dormitórios) para abrigar os operários (candangos) durante as obras. Com o tempo, essas cidades-satélites cresceram, e hoje viraram grandes centros urbanos.
As cidades-satélites não fazem parte de Brasília, mas sim do Distrito Federal.
Só que a nossa Constituição diz que é proibido que o Distrito Federal seja dividido em cidades. Então, nem Brasília nem as cidades-satélites podem ser consideradas cidades! O certo é chamá-las de "Regiões Administrativas", as RAs.
O Distrito Federal tem um governador e 24 deputados estaduais (olha quantos!), chamados de deputados distritais. Brasília não tem prefeito (porque não é cidade lembra?)
Quando se fala que Brasília não tem prefeito mas tem governador, é porque a sede do governo do DF fica lá, no Palácio do Buriti.
As cidades-satélites também não têm prefeitos. Em cada um desses centros urbanos existe um representante que é escolhido através do voto direto, secreto e facultativo, ou seja, vota quem quer. Estes representantes são como prefeitos, mesmo que não sejam considerados prefeitos (hahahaha). Eles representam as suas RAs (Regiões Administrativas) perante o governo do Distrito Federal.
No Distrito Federal não existem eleições para prefeitos nem para vereadores, apenas para os administradores regionais.
A designação de Brasília atualmente é utilizada pra se referir a todas as regiões administrativas que compõem o Distrito Federal, já que todo mundo que nasce em qualquer lugar do DF é chamado de brasiliense, ou candango.
Só para concluir: As cidades-satélites ficam a uma distância de 6 a 25 Km do Plano Piloto. São elas:
- Taguatinga
- Planaltina
- Ceilândia
- Brazlândia
- Sobradinho
- Candangolândia
- Gama
- Paranoá
- Núcleo Bandeirante
- Guará
- Samambaia
- Santa Maria
- São Sebastião
- Recanto das Emas
- Riacho Fundo 1 e 2
Fora as cidades-satélites, o DF possui outras regiões administrativas. As principais são:
- Águas Lindas de Goiás
- Cidade Ocidental
- Formosa
- Cristalina
- Novo Gama
- Santo Antônio do Descoberto
- Padre Bernardo
- Valparaíso de Goiás
- Cabeceira Grande
Eixo Monumental e Eixo Rodoviário
O Eixo Monumental é uma longa avenida que se localiza no centro do Plano Piloto. É conhecido popularmente como o "corpo do avião", conforme a errônea crença popular que a cidade teria sido projetada com esse formato. Tem 16 quilômetros de extensão e liga o extremo oeste de Brasília à Praça dos Três Poderes.
O Eixo Monumental é a via pública mais larga do mundo, com 250 metros de largura. É cercado por duas amplas vias expressas, que formam a principal avenida da cidade, onde muitos edifícios públicos, monumentos e memoriais estão localizados.
O gramado do Eixo Monumental se assemelha ao National Mall em Washington, na Capital dos Estados Unidos.
Brasília - Foto da internet**
Washington USA.
O Eixo Rodoviário é popularmente chamado de “Eixão”. Tem 13 quilômetros de extensão e liga o norte do Plano Piloto a região próxima ao Aeroporto de Brasília, ao Sul. Ao longo do Eixo Rodoviário ficam a Asa Norte e a Asa Sul. O eixo forma "as asas do avião" conforme a errônea crença popular que a cidade teria sido projetada com esse formato. A avenida passa por quadras residenciais e é uma das principais vias de Brasília.
O Eixo Monumental e o Eixo Rodoviário se cruzam na Rodoviária de Brasília, e por isso é considerada o Marco Zero da cidade.
Palácio da Alvorada
O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente da República. Fica às margens do Lago Paranoá. Foi o primeiro edifício inaugurado na Capital Federal, em 1958, mesmo antes da inauguração de Brasília, que foi em 1960.
Quando questionado sobre o porquê do nome "alvorada", Juscelino Kubitschek respondeu: "O que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil!"
Projetado por Niemeyer e executado por Joaquim Cardozo, a construção tem bases finas com colunas que tocam suavemente o chão, dando a impressão de que o edifício flutua no ar.
O formato diferenciado dos pilares externos deu origem ao símbolo e emblema da cidade, presente no Brasão do Distrito Federal.
As cercas ao entorno do Palácio da Alvorada também têm o mesmo símbolo.
Emas, aves da fauna do cerrado brasileiro, vivem soltas nos jardins do palácio. Além de decorar a área verde, as aves contribuem ecologicamente para a segurança pois comem animais peçonhentos.
A guarda é feita pelos Dragões da Independência. O 1º regimento de Cavalaria de Guarda foi criado em 1808 por Dom João VI. Os oficiais que compõem a unidade vestem o uniforme da Imperial Guarda de Honra de Dom Pedro I.
Para ver como é o Palácio da Alvorada por dentro, CLIQUE AQUI
Palácio do Jaburu
O Palácio do Jaburu é a residência oficial do Vice-Presidente da República. Fica perto do Palácio da Alvorada (residência do Presidente), também às margens do Lago Paranoá, de frente da Lagoa do Jaburu, do qual herdou o nome. Jaburu é uma espécie de ave do cerrado, com penas brancas e cabeça negra, que habita o lago.
O palácio foi projetado por Oscar Niemeyer, porém diferente da residência do presidente (Palácio da Alvorada) que é bem maior. O Jaburu remete a uma casa mais intimista e privativa, não tendo grandes salões e valorizando mais a parte externa.
Foto da Internet**
Esplanada dos Ministérios
A Esplanada dos Ministérios é o complexo de edifícios que abrigam os ministérios ao longo de um grande campo gramado. Ao todo são 16 prédios. Os edifícios ficam ao longo do Eixo Monumental.
O gramado da Esplanada dos Ministérios se assemelha ao National Mall em Washington, na Capital dos Estados Unidos.
Os edifícios da Esplanada foram idealizados por Oscar Niemeyer, e os projetos estruturais ficaram a cargo do engenheiro Joaquim Cardozo.
Congresso Nacional
O Congresso Nacional fica na Praça dos Três Poderes. É onde funcionam a Câmara dos deputados e o Senado Federal.
Como a maioria das construções oficiais brasilienses, o edifício do Congresso foi concebido por Oscar Niemeyer com projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo.
A semiesfera à esquerda é o assento do Senado e a semiesfera à direita é o assento da Câmara dos Deputados. Entre eles há duas torres dos escritórios. O congresso ocupa também outros edifícios vizinhos, alguns deles interconectados por um túnel.
O edifício é situado no meio do Eixo Monumental, a principal avenida da capital brasileira. Na frente dele há um grande gramado, onde acontecem passeatas, protestos e outras manifestações públicas.
Plenário da Câmara dos Deputados.
Plenário do Senado Federal.
Pode visitar o Congresso. A entrada é grátis.
O tour pelo Congresso leva 50 minutos e acontece de 5ª a 2ª. Na 5ª feira é preciso agendar, mas nos outros dias é só aparecer e esperar a formação do grupo.
Se você quer pegar alguma sessão parlamentar acontecendo durante a sua visita, vá na 5ª.
Visitas: Sem agendamento: 6ª a 2ª (9h-17h30). Com agendamento: 5ª (9h-17h30)
Traje: em dias úteis adultos não podem visitar de bermuda, regata, minissaia ou chinelos.
Praça dos Três Poderes
A Praça dos Três Poderes fica no final da Esplanada dos Ministérios, atrás do Congresso Nacional.
A Praça abriga as sedes dos três poderes do Brasil: o Palácio do Planalto (poder Executivo), o Congresso Nacional (poder Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (poder Judiciário).
Todos os edifícios que ficam na Praça são obras de Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo. Vou falar desses monumentos a seguir.
Palácio do Planalto
O Palácio do Planalto fica na Praça dos Três Poderes. É a sede do governo federal e local de trabalho do presidente da república. É onde fica o Gabinete Presidencial, a Casa Civil, a Secretaria-Geral e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
A rampa em frente ao Palácio só é usada durante cerimônias especiais, como posses presidenciais e visitas de Estado de representantes de governos estrangeiros.
Na rampa ficam uns guardas vestidos de "soldadinho de chumbo", que são os Dragões da Independência. Na verdade, o edifício é protegido pelo Batalhão da Guarda Presidencial e pelo 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (Dragões da Independência), do Exército Brasileiro. As funções de sentinela entre essas duas instituições são trocadas a cada seis meses e uma cerimônia de troca e guarda acontece.
O Palácio do Planalto foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e executado pelo engenheiro Joaquim Cardozo. Foi um dos primeiros edifícios construídos em Brasília, designado para ser o escritório de Juscelino Kubitschek.
O engenheiro-chefe da obra (Fausto Favale) enfrentou o desafio de concretizar as ideias de Niemeyer a respeito das colunas curvas da fachada (conhecidas como "velas"), numa intermediação entre o projeto arquitetônico e o projeto estrutural. O cálculo de Joaquim Cardozo permitiu que a base do Palácio do Planalto ficasse delgada, apenas tocando o chão.
A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das festividades da inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960.
A escultura “Os Guerreiros” também chamada de "Os Candangos" é do artista Bruno Giorgi. A obra representa a união de dois guerreiros, simbolizando a força e o equilíbrio entre os poderes da República. Candango era a forma que os negros escravos chamavam os portugueses. Candangos também era o apelido dado aos trabalhadores que construíram Brasília.
O Palácio do Planalto recebe visitantes aos domingos apenas. É aberto a visitação aos domingos, das 9h30 às 14h, com visitas guiadas de 20 minutos. Entra um grupo a cada 40 minutos. A entrada é grátis. É imprescindível fazer agendamento.
Traje: não são admitidos visitantes trajando short, bermuda, minissaia, regata, boné e chinelos.
STF - Supremo Tribunal Federal
O Supremo Tribunal Federal é a mais alta instância do poder judiciário brasileiro. Quando algum julgamento chega nessa instância, não cabe recurso a nenhum outro tribunal depois da decisão aqui tomada.
O STF existe desde 1808. A sede era no Rio de Janeiro e foi transferida para Brasília com a construção da nova capital do país.
O prédio do STF em Brasília foi inaugurado em 1960, projetado por Niemeyer e executado pelo engenheiro Joaquim Cardozo. A arquitetura é famosa, com as colunas em formato de "velas" de barco.
Em frente ao prédio fica a escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, de 1961. O monumento representa uma mulher, sentada e de olhos vendados, segurando uma espada, um dos símbolos mais usados para caracterizar as deusas greco-romanas das leis e da justiça. Os olhos vendados representam a imparcialidade e a espada representa a força, a coragem, a ordem e a regra necessárias para fazer valer as leis e o Direito. Porém a escultura não mostra a balança, que representaria sua intenção de nivelar o tratamento jurídico de todos por igual. Diferentemente das representações usuais da Justiça em pé, a escultura brasiliense está sentada num banco. Essa representação é a de uma justiça estável, imutável e sólida. Porém, o fato de estar sentada abre a possibilidade de ser interpretada por muitos como símbolo de uma justiça morosa e lenta, o que condiz com a velocidade da justiça brasileira na visão popular.
Todos os julgamentos e reuniões administrativas do Supremo são transmitidas ao vivo pela Rádio e TV Justiça. O Tribunal também fica aberto ao público para assistir aos julgamentos pessoalmente.
Foto da internet**
Os 11 juízes do STF são chamados de Ministros, apesar de o cargo não ter nenhuma semelhança com os ministros do Poder Executivo. Eles são nomeados pelo Presidente da República, devendo ser aprovados pelo Senado Federal numa sabatina.
A idade para aposentadoria compulsória é de 75 anos.
A função institucional do STF é de servir como guardião da Constituição Federal.
Desde 1978 funciona dentro do palácio o Museu do STF, com um grande acervo formado por mobílias, fotografias e valiosos documentos, inclusive o exemplar original da Constituição Brasileira.
Atualmente, os 11 ministros do Supremo são:
- Gilmar Mendes
- Ricardo Lewandowski
- Cármen Júcia
- Dias Toffoli
- Luiz Fux (atual presidente da casa até 2022)
- Rosa Weber
- Roberto Barroso
- Edson Fachin
- Alexandre de Moraes
- Kassio Nunes Marques
- Marco Aurélio (saiu em julho de 2021) Em sabatina: André Mendonça
Mastro da Bandeira Nacional
O Mastro da Bandeira Nacional é um monumento de 100 metros de altura em forma de obelisco metálico localizado na Praça dos Três Poderes. Sua estrutura é de aço formada por barras que representam os estados brasileiros. Um projeto do arquiteto Sérgio Bernardes.
Foi inaugurado em 1972, durante o regime militar. Existe uma lei que determina a presença de uma bandeira nacional hasteada constantemente.
O monumento está no Livro dos Recordes (Guinness Book) como a maior bandeira hasteada do mundo medindo 286 metros quadrados e pesando cerca de 60 quilos.
Todo 1º domingo do mês a bandeira é trocada por uma nova. Na ocasião acontece numa cerimônia solene com desfiles militares, execução do Hino Nacional e do Hino da Bandeira e uma salva de 21 tiros. Esse evento é conhecido popularmente como "Bandeirão", e é uma atração turística bem interessante de Brasília. Sorte de quem tem a chance de presenciar.
Panteão da Pátria e Liberdade
O Panteão da Pátria e da Liberdade fica na Praça dos Três Poderes. Visitação: (terça a domingo - inclusive feriados) das 9h às 18h. GRÁTIS.
O Panteão foi inaugurado em 7 de setembro de 1986. É uma obra de Oscar Niemeyer, que criou um prédio com volume duplo em formato de trapézio revestido de mármore, sugerindo a imagem de uma ou duas pombas brancas, dependendo do ângulo que o observador enxerga.
O Panteão tem em sua área externa, a Pira da Pátria e da Liberdade sempre acesa simbolizando o fogo da Pátria.
Também compõem a área externa três painéis curvos representando as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que são os guardiões da democracia.
A ideia de erguer um monumento para homenagear os heróis da pátria surgiu durante a comoção nacional causada pela morte de Tancredo Neves, em 1985. Tancredo sempre defendeu os ideais de liberdade e democracia, assim como seus conterrâneos inconfidentes.
O Panteão é um memorial destinado a homenagear heróis e heroínas nacionais que, de algum modo, serviram para o engrandecimento da nação brasileira. Lá dentro fica exposto o Livro de Aço, no qual estão escritos os nomes dos heróis da pátria.
O memorial celebra em especial as figuras de Tiradentes e Tancredo Neves, dois mineiros que viveram em épocas diferentes, mas lutaram pelos mesmos ideais. Por coincidência histórica, morreram no mesmo dia e mês. Tiradentes em 21 abril de 1792, e Tancredo em 21 de abril de 1985.
CURIOSIDADE: A data da inauguração de Brasília (21 de abril de 1960) foi escolhida para ser o mesmo dia e mês da execução de Tiradentes (21 de abril de 1792).
Tiradentes foi o símbolo da Inconfidência Mineira, movimento que visava a independência do Brasil.
Tancredo Neves foi o primeiro presidente civil eleito – ainda que indiretamente – após vinte anos de regime militar, em 1984. Antes mesmo de tomar posse, adoeceu e morreu. No Panteão estão expostos registros sobre a sua importante figura política no período da redemocratização do país pós ditadura militar.
Diferentemente de outros panteões, o Panteão da Pátria não contém túmulo de nenhum dos homenageados. É apenas um memorial cujos restos mortais dos homenageados estão em outro local.
No topo (Salão Negro) fica o Livro de Aço, sempre aberto para que todos possam ler os nomes escritos nele. Toda vez que um novo nome é gravado, acontece uma cerimônia in memoriam para o homenageado.
Atrás do livro fica o Painel da Inconfidência Mineira do artista João Câmara que retrata historicamente o movimento que visava a libertação do Brasil. Constitui-se de sete painéis, cada qual ilustrando uma fase da inconfidência, tendo como foco o suplício de Tiradentes.
O Vitral é de Marianne Peretti, também autora dos vitrais da Catedral de Aparecida do Norte e outros monumentos de Brasília.
Espaço Lúcio Costa - Museu Subterrâneo
O Espaço Lúcio Costa é um museu inaugurado em 1992 dedicado ao urbanista, arquiteto e professor Lúcio Costa (1902-1998), vencedor do concurso que definiu o Plano Piloto como desenho da cidade de Brasília. Fica localizado no subterrâneo da Praça dos Três Poderes e funciona de terça a domingo - inclusive feriados - das 9h às 18h.
Em seu interior fica a Maquete de Brasília, circundada por uma galeria onde se encontram expostas cópias dos croquis apresentados por Lúcio Costa ao júri do concurso, além de fotos históricas da época da construção e inauguração da cidade.
O projeto do museu e de Oscar Niemeyer, amigo pessoal de Lúcio Costa. O museu foi inaugurado por durante as comemorações dos 90 anos de Costa.
Museu Histórico de Brasília
Fica na Praça dos Três Poderes. Aberto de terça a domingo - inclusive feriados - das 9h às 18h.
O Museu Histórico de Brasília (também conhecido como Museu da Cidade) é o museu mais antigo da capital federal, inaugurado no mesmo dia que a cidade. O monumento foi projetado por Oscar Niemeyer. A arquitetura externa chama bastante atenção, mas a porta de entrada é quase invisível, uma pequena entrada na lateral que quase sempre passa despercebida.
O museu abriga 16 textos gravados com informações sobre alguns fatos que fazem parte da história do processo da construção de Brasília.
Palácio da Justiça
No Palácio da Justiça trabalha o Ministro da Justiça e Segurança Pública. O nome oficial é Palácio da Justiça Raymundo Faoro, em homenagem ao jurista de mesmo nome. O prédio é obra de Niemeyer e foi inaugurado em 1972.
O Palácio da Justiça possui quatro fachadas diferentes, mas a mais bonita é a face de onde caem cascatas de água que terminam em um jardim aquático projetado por Burle Marx onde ficam plantas tropicais típicas da Amazônia.
Palácio do Itamaraty
O Palácio do Itamaraty é a sede do Ministério das Relações Exteriores. O prédio foi projetado por Oscar Niemeyer e executado por Joaquim Cardozo. Foi inaugurado em 1970 pelo então presidente Médici. O paisagismo interno e externo é de Burle Marx.
O palácio possui o maior hall sem colunas da América Latina. O edifício é considerado o mais rico artisticamente e mais bem conservado da Esplanada dos Ministérios. Pode ser visitado por dentro.
Sobre o espelho d’água fica a escultura "Meteoro", desenhada por Bruno Giorgi.
Em frente ao Palácio do Itamaraty fica a Alameda dos Estados Brasileiros, com todas as 27 bandeiras enfileiradas.
Catedral Metropolitana de Brasília
A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida é uma igreja católica onde fica a arquidiocese de Brasília.
O local da Catedral foi programado por Lúcio Costa no Projeto do Plano Piloto para que ela ficasse em uma praça autônoma, longe da Praça dos Três Poderes, simbolizando assim o Estado Laico (a religião não interfere no governo e o governo não interfere na religião).
Onde a Catedral fica é o Marco Zero de Brasília, exatamente no cruzamento do Eixo Monumental com o Eixo Rodoviário.
A obra é do arquiteto Oscar Niemeyer, executada pelo engenheiro Joaquim Cardozo, e foi inaugurada em 1970.
Essa foi considerada a obra-prima de Niemayer, pois graças a ela, em 1988 ele ganhou o Prêmio Pritzker, considerado o Prêmio Nobel da arquitetura mundial.
Em uma área de 70 metros de diâmetro, se elevam 16 colunas de concreto com 90 toneladas cada uma, num formato de hipérbole.
Ao lado da Catedral fica um campanário de 20 metros de altura sustenta quatro grandes sinos doados por moradores espanhóis do Brasil e trazidos de Miranda de Ebro município espanhol. Os sinos têm nomes. Santa Maria, Pinta e Nina (nomes das caravelas de Cristóvão Colombo no descobrimento da América) e Pilárica (homenagem à Nossa Senhora do Pilar, padroeira da Espanha). Os sinos são controlados eletronicamente e tocam às 6, 12 e 18 horas diariamente.
O telhado exterior da catedral é composto de 16 partes de fibra de vidro, cada uma com 10 metros, que servem como "casca de fora" da igreja, que na verdade fica lá embaixo.
No alto da Catedral tem uma cruz de metal que mede 12 metros de altura. Ela guarda no seu interior duas relíquias: um fragmento da cruz de Cristo e o crucifixo do peito do 1º Arcebispo de Brasília, D. José Newton de Almeida.
Um espelho d'água rodeia a Catedral. Ele tem 12 metros de largura, 40 centímetros de profundidade e serve para resfriar o interior da igreja. A brisa passa pela fresta que fica entre a base da construção e a água. Os visitantes passam embaixo desse espelho d'água para entrar na catedral.
A entrada da catedral é pelo chão! Há uma escada que nos leva, através de um túnel subterrâneo, até a nave central.
Ao lado da escada da entrada tem 4 esculturas de bronze com três metros de altura cada, representando os "Quatro Evangelistas", uma obra de Alfredo Ceschiatti com a colaboração de Dante Croce. São eles: Mateus, Marcos, Lucas e João. O pergaminho que trazem nas mãos os caracteriza como sendo os primeiros registradores da história de Cristo na Terra.
A nave é azul, por causa da iluminação dos vitrais. A combinação de cores foi pensada pata trazer sensação de bem-estar. São 2.000 metros quadrados de vitrais criados em 1990 por Marianne Peretti em tons de azul, verde, branco e marrom. Com a luz do sol mais forte ou mais fraca, a tonalidade das cores vai mudando, um show a parte. Os vidros receberam uma película de climatização para evitar o aquecimento excessivo no interior da igreja.
No interior da catedral, “voando” sobre a nave, estão esculturas de três anjos suspensos por cabos de aço. As esculturas são de Alfredo Ceschiatti, com a colaboração de Dante Croce. O mais curto tem 2,22 metros de comprimento e pesa 100 kg. O médio tem 3,4 metros de comprimento e pesa 200 quilos. E o maior tem 4,25 metros e pesa 300 quilos.
O altar foi doado pelo Papa Paulo VI e a imagem da padroeira Nossa Senhora de Aparecida é a réplica da original que está em Aparecida do Norte em São Paulo.
O batistério está à esquerda da entrada e pode ser acessado pela catedral ou através de uma escadaria em espiral pela praça. As paredes do batistério são ovais e cobertas por azulejos pintados em 1977 por Athos Bulcão. Por fora dá pra ver que é uma construção de concreto em forma oval que tem uma escada de mármore ligando o batistério ao exterior sem precisar passar pela nave da igreja.
Os escritórios da Arquidiocese (Cúria Metropolitana) foram concluídos em 2007 e ficam na lateral da igreja, em um prédio de 3 mil metros quadrados que se conecta com a catedral através de um túnel subterrâneo.
Museu Nacional e Biblioteca Nacional
O Museu Nacional foi criado para promover maior acesso do público a obras de arte. O local abriga exposições temporárias nacionais e internacionais, seminários, mostras de filmes e festivais de teatro.
O museu é mais uma obra de Oscar Niemeyer. A inauguração ocorreu em 2006 no dia do aniversário de 99 anos do arquiteto. Para celebrar a abertura, foi organizada uma exposição sobre sua vida e obra.
O prédio do Museu Nacional impressiona porque se assemelha a uma nave espacial. O edifício tem o formato de uma grande semiesfera e possui 2 imponentes rampas, uma reta e outra curva, que começa e termina no próprio prédio. Essa última de quase 20 metros, exigiu um cuidado especial por parte do engenheiro, pois sai do prédio e volta sem se apoiar em nenhum pilar! A rampa parece flutuar no ar (sem quebrar).
O Museu Nacional e a Biblioteca Nacional (prédio ao lado) formam um complexo chamado “Complexo Cultural da República João Herculino”.
Biblioteca Nacional.
A Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola foi inaugurada em 2008 e é um projeto de Niemeyer, com desenho arquitetônico que remete as CIEPs.
As CIEPs são os Centros Integrados de Educação Pública, popularmente apelidados de "Brizolões". Foi um projeto educacional considerado revolucionário no país, implantado inicialmente no estado do Rio de Janeiro ao longo dos 2 governos de Leonel Brizola (1983 – 1987 e 1991 – 1994). Os CIEPs tinham como objetivo oferecer ensino público de qualidade em período integral aos alunos da rede estadual.
Todos os prédios do CIEP seguiam o mesmo padrão, que é esse que Niemeyer se inspirou. Portanto a biblioteca tem esse nome em homenagem ao político Brizola.
Teatro Nacional Cláudio Santoro
Inaugurado em 1966, é obra de Niemeyer e projeto estrutural do engenheiro Bruno Contarini. Possui estrutura com forma de pirâmide irregular.
O teatro recebeu o nome do renomado violinista, maestro e compositor brasileiro Cláudio Santoro. O Teatro Nacional é composto por três salas de teatro que oferecem espaço para cerca de 1.800 pessoas, além de exposições, shows e convenções.
Oscar Niemeyer afirmou que o teatro deveria ter um aspecto sólido e pesado, mas, contraditoriamente, também leve. O prédio tem em seu formato uma característica chamativa, sendo um volume piramidal, mas sem o topo, remetendo a uma arquitetura de povos pré-colombianos.
Athos Bulcão criou em 1966 um painel formado por blocos de concreto, que preenche as fachadas laterais, tendo 125 metros de largura e 27 metros de altura Os blocos têm cinco formas diferentes, que se encaixam nas paredes inclinadas e no conceito de peso e leveza de Niemeyer, formado pela luz e pela sombra que variam conforme a posição do Sol, e por isso foi chamado de “O Sol faz a festa”.
É considerado a maior obra de arte integrada a um prédio no Brasil, a maior obra de Athos e também a obra favorita dele.
O espaço externo árido contrasta com o espaço interno, arborizado, que conta com jardins projetados por Burle Marx.
Ponte JK
A Ponte Juscelino Kubitschek foi inaugurada em 2002 e é um projeto de Alexandre Chan. Com seus 3 grandes arcos, é considerada uma das pontes mais bonitas do mundo e Alexandre Chan ganhou inúmeros prêmios internacionais com esse projeto.
Com seus arcos assimétricos, a estrutura foi inspirada no movimento de uma pedra quicando sobre a água.
A ponte liga o Lago Sul do Paranoá à parte central de Brasília.
Tem um comprimento 1,2 quilômetros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas, e duas passarelas nas laterais para ciclistas e pedestres. Os arcos são sustentados por 16 estais de aço, portanto é uma ponte estaiada.
Lago Paranoá
O Lago Paranoá é um lago artificial (um dos maiores do mundo). Foi idealizado em 1894 por Luís Cruls e concretizado com a construção de Brasília. Luís Cruls foi um engenheiro belga que trabalhou a maior parte de sua vida no Brasil. Ele foi responsável pelo mapeamento do Planalto Central, onde seria construída a capital Brasília.
O lago foi criado com o objetivo de aumentar a umidade da cidade, que fica numa região muito seca do país. O lago é formado pelas águas represadas do Rio Paranoá. Tem 48 quilômetros quadrados de área, profundidade máxima de 38 metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. Ao redor do lago, há várias praias artificiais, vários bares, restaurantes e casas em condomínios de luxo.
"Paranoá" é um vocábulo de origem tupi. Significa "enseada de mar".
A intensa ocupação ao redor do lago e o lançamento de esgoto sem tratamento têm levado à poluição do lago. Mas o serviço sanitário está sempre fiscalizando para tentar sanar o problema.
A Vila Amaury, uma cidade no fundo do Lago
Os operários que trabalhavam nas obras de construção de Brasília eram na maioria vindos das regiões Nordeste e Norte do país. Eles ficavam alojados em regiões no entorno das obras, as chamadas cidades temporárias. Entretanto, esses alojamentos das construtoras eram apenas para funcionários solteiros. Os que tinham família, tinham que encontrar outros lugares para morar e acabavam fundando vilas. Uma dessas vilas foi a Vila Amaury.
Com o projeto da criação do lago artificial e a construção da barragem do Rio Paranoá, a Vila Amaury teve que ser inundada. A surpresa dessa história toda é a velocidade que as águas chegaram à vila. Moradores disseram que não tiveram tempo nem para retirar seus pertences. A vila foi rapidamente inundada e permanece até hoje submersa.
Na história oficial de Brasília não tem registrado oficialmente esse fato. As construtoras não quiseram deixar registros desse acontecimento. A Vila Amaury não teria “existido” se não fosse os relatos das pessoas que ali viveram.
Recentemente, o investimento de novas tecnologias de georreferenciamento na região do lago assinala a possibilidade de recuperar as ruínas da Vila, processo que começou a ser realizado por mergulhadores que as têm fotografado.
Alguns relatos de ex-moradores...
“Muita gente não acredita, porque não está nos livros. Eu mesmo nem comento que cheguei aqui em 1958, porque não tenho documento provando. Muitos moradores estavam lá, viram e presenciaram tudo, mas é a palavra deles, sem comprovação. Quando as águas vieram, as pessoas corriam primeiro para salvar seus documentos, para que depois pudessem provar que existiam.” Relato de Pedro Venzi, pescador.
“Ficamos na Vila Amaury até a água chegar, até eles passarem avisando que era pra sair todo mundo, que a água ia cobrir toda a cidade. Eu era criança. Meu pai contou que o povo não acreditava que a água ia chegar. Sei que nós saímos logo e meu pai fez um barraco pra gente morar em outra vila.” Relato de Maria de Lurdes, costureira.
Esse morador já relatou de forma diferente:
“Quando começou a subir o Lago, muitos tiraram suas coisas. A Novacap ofereceu lotes em Taguatinga. Outros insistiram em ficar, falando que o lago não ia chegar. Ele foi enchendo aos poucos, não foi da noite para o dia. O pessoal viu chegando aos poucos, todo mundo sabia que ali seria um lago. Muitos, inclusive, trabalhavam nas obras do próprio lago. Ele não pegou ninguém de surpresa. Houve vários avisos para o pessoal sair.” Relato de Luiz Rufino Freitas.
Pontão do Lago Sul
O Pontão do Lago Sul fica na margem do Lago Paranoá oposta ao Plano Piloto. Este é o trecho mais gostoso à beira do lago. Dá para caminhar pelo calçadão, apreciando o movimento dos barcos e veleiros.
Tem bares e restaurantes ao redor. A sensação é a de estar em um parque. O lugar é concorrido ao entardecer e nos fins de semana.
Inaugurado em março de 2002, o Pontão do Lago Sul é parte do Projeto Orla e foi construído para desenvolver o turismo de entretenimento, negócios, cultural e gastronômico em Brasília.
Brasília Parte 2
Esse post continua... Para ler a Parte 2 CLIQUE AQUI
Ana Cassiano
Morei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.