Lausanne e Montreux - Suíça

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Lausanne é uma cidade suíça que fica às margens do Lago Léman. É a parte da Suíça que fala francês.

Não existe o idioma “suíço”. O país é pequeno e faz fronteira com 4 países diferentes (Alemanha, França, Itália e Liechtenstein/Áustria). Por isso, os 3 idiomas oficiais da Suíça são: o alemão, o francês e o italiano. A língua falada em cada cidade vai depender da região em que ela está, mas geralmente a população fala os 3 idiomas.

Nas cidades de ZuriqueLuzernBasel e Bern o idioma falado é o alemão. Já nas cidades ao redor do Lago Léman (as principais são Genebra, Lausanne e Montreux) se fala francês. Mas não se preocupe porque dá pra se virar bem falando inglês numa viagem pela Suíça.

O Lago Léman é enorme. É o lago de maior volume de água da Europa Central. Também chamado de Lago de Genebra, ele liga várias cidades suíças e francesas pois fica na fronteira desses dois países. 

    Foto: Guiageo Europa.

 

Existem vários passeio de barco pela região. Tem tours que duram de 1 hora até 1 dia, que são os trajetos mais longos que ligam as cidades ao redor do lago.

Lausanne é a segunda maior cidade às margens do Lago Léman (a maior é Genebra). Lausanne é a capital do cantão de Vaud e é também uma animada cidade universitária. "Cantões" na Suíça é como se fossem "estados" ou regiões.

Mesmo sendo a segunda maior cidade da região, Lausanne é bem pequena. Pra se ter uma noção, dá pra conhecer os principais pontos turísticos em meio dia. Por isso que muita gente faz um programa combinado para ir até Montreux no mesmo dia. De uma cidade à outra são apenas 30 Km. De carro dá uns 25 minutos.

  Pont Charles Bessièrese a estação de metrô. Em Lausanne há linhas de metrô e ônibus espalhadas por toda cidade, o que facilita bastante a locomoção.

 

Não há aeroporto em Lausanne. O aeroporto internacional mais próximo é o de Genebra. De Genebra à Lausanne são 64 Km. É pertinho.

Muitas pessoas exploram a região de trem ou de barco, mas eu estava de carro, para ter mais liberdade no roteiro. As estradas da Suíça são ótimas e lindas. Essa em especial é magnífica, com lindas vistas do Lago Léman e dos Alpes. 

Para dirigir nas estradas da Suíça é preciso usar um selo colado no vidro da frente do carro. Esse selo se chama Vignette e serve como pedágio. Se for pego dirigindo sem ele, a multa é altíssima! Leia sobre o Vignette e as estradas da Suíça. Clique AQUI

 

Catedral Notre-Dame de Lausanne

A Notre-Dame de Lausanne é uma catedral gótica construída no século13 no alto de uma colina. É a maior catedral da Suíça e um dos maiores monumentos góticos da Europa. Ao longo da história sofreu várias alterações na sua arquitetura. Com a Reforma, a catedral que antes era católica se tornou protestante. Ali agora não acontecem mais missas, e sim cultos calvinistas.

  A catedral com o Lago Léman ao fundo. Foto da Internet.

 

  Escadaria du Marché.

 

Para quem visita outras catedrais na Europa, pode parecer que as igrejas da Suíça são mais simples por dentro. Isso é devido à Reforma Protestante que promoveu a retirada de imagens e ornamentos. A justificativa dos protestantes é que as pessoas têm que se importar apenas com a presença de Deus, e para isso não é necessário luxos nem decoração exagerada.

  Foto: João Lopes.

 

Pode subir no alto da torre para ver Lausanne do alto. (4CHF por pessoa), mas para visitar o interior da igreja é grátis. Se não quiser enfrentar os degraus da torre, há um mirante na parte de fora da catedral de onde também é possível ter uma vista linda da cidade. 

 

O Centro Histórico

Lausanne foi construída entre montanhas e para explorar o centro histórico temos que enfrentar ladeiras e escadarias. Tem linhas de metrô e ônibus que fazem o trajeto, mas fazer à pé é melhor para nós que somos turistas. As ruas são medievais e bem bonitinhas. E do alto vamos tendo vistas bem interessantes durante o passeio.

Place de la Palud é o coração da cidade. É uma praça movimentada e cheia de lojas. Nela ficam a Fonte Antiga, o Relógio e o Hôtel de Ville (prefeitura). As ruas das cidades na Suíça em geral são bem enfeitadas com a bandeira do país. Acho isso um charme.

 

Quai d' Ouchy

  Foto: Wikipedia.

 

O centro histórico de Lausanne não fica muito perto das margens do Lago Léman não. Para apreciar as paisagens do lago, é preciso ir até a região de Ouchy onde tem um calçadão super agradável para caminhar e é cheio de jardins maravilhosos. Ali é a área dos hotéis de luxo e restaurantes chiques, com pessoas sentadas nas mesas do lado de fora (no verão) comendo e tomando os vinhos da região. Em Ouchy também ficam os piers de parada dos barcos que fazem passeios pelo lago. 

 

Comitê Olímpico Internacional e o Museu Olímpico

  Os Jogos Olímpicos têm a finalidade de promover a integração e a paz mundial. O Museu Olímpico quer passar um “conceito” que é transmitir a essencia dos valores olímpicos que vão além das competições, derrotas ou vitórias.

 

Tanto o Museu Olímpico quanto o COI (Comitê Olímpico Internacional) ficam às margens do Lago Léman (um em Ouchy e o outro em Vidy, que são bairros próximos). 

O museu abriga exposições temporárias e permanentes relacionadas com os esportes olímpicos. Com um acervo enorme, o museu é o maior arquivo do mundo sobre Jogos Olímpicos. Tem réplicas de todas as tochas ja utilizadas nas Olimpíadas – tanto as de verão quanto as de inverno – além de diversos itens como mascotes, maquetes de estádios e produtos comercializados durante todos os Jogos da história.

O museu recebe cerca de 300.000 visitantes por ano, possui 3.000 m2 de área, 1.500 objetos, 150 aparelhos audiovisuais, 50 telas interativas e 7 horas de sons e vídeos. Tudo isso é um convite a mergulhar na história dos Jogos, nos sonhos, na cultura, no design, nos desafios e nos valores das competições olímpicas. O museu é super moderno, com recentes inovações tecnológicas. Ele oferece uma programação diversificada, pontuada por eventos, concertos e séries de conferências. Ao longo do ano, moradores, turistas, escolas, jovens e idosos de todas as esferas da vida se reúnem para vivenciar a aventura dos Jogos, todos juntos aqui no museu.

   Foto: Site Mundo Indefinido.

O Museu fica em um parque cheio de obras de arte espalhadas ao redor. Foi fundado em 1993 por iniciativa do sétimo presidente do Comitê Olímpico Internacional, o espanhol Juan Antonio Samaranch. É o segundo museu mais visitado da Suíça (o primeiro é o Museu do Transporte da Suíça que fica em Luzern).

Preço 18 CHF por pessoa. Horários e outras informações no Site oficial do Museu→https://www.olympic.org/museum

 

 A sede do COI 

A sede do Comitê Olímpico fica à 3,4 Km do Museu. É bem perto um do outro, dá pra ir a pé. 

O novo prédio do COI foi inaugurado em 2019 e ocupa o mesmo terreno do prédio anterior. É um prédio super moderno, projetado pelo escritório de arquitetura dinamarquês 3XN. A ‘Casa Olímpica’, que ocupa 17.000 m2, bem mais do que os 5.000 m2 da estrutura anterior, teve custos de aproximadamente 145 milhões de francos suíços (128 milhões de euros). Possui cerca de 500 funcionários trabalhando no local. 

É um edifício moderno e inspirador. O conceito da proposta defendida pelos arquitetos era dar forma à missão do Comitê Olímpico que é Cooperação Internacional, Transparência e Sustentabilidade. 

As cidades que serão sedes dos próximos jogos são eleitas aqui através da votação de delegados que representam a maioria dos países-membros. O COI é uma organização não-governamental criada em 1894 com a finalidade de reinstituir os Jogos Olímpicos realizados na Grécia Antiga e organizar e promover a sua realização de 4 em 4 anos. O objetivo do COI é a administrar e legislar sobre os Jogos, e também servir como entidade legal que detém os direitos de autor, marcas registradas e outras propriedades relacionadas com os Jogos Olímpicos. O comitê é financiado através de publicidade e comercialização de artigos comemorativos dos Jogos e através da venda dos direitos de transmissão dos eventos Olímpicos. 

 

Os Vinhedos de Lavaux

Entre Lausanne e Montreux tem uma região produtora de vinhos que se chama Lavaux. São cerca de 30km ao longo da estrada de terraços nas encostas cobertas de vinhedos margeando o Lago Léman, proporcionando paisagens incríveis para quem passa por ali.

  Foto: Istock.

 

Os vinhedos de Lavaux são Patrimônio Cultural da UNESCO desde 2007. Essa é a maior região produtora de vinho da Suíça. A uva é a Chasselas, que produz um vinho branco.

Quem gostar desse tipo de passeio é só escolher um vinhedo para visitar, entrar no site dele para agendar uma visita e fazer uma degustação de vinhos no final. (Eu já fiz isso algumas vezes na Alemanha e é incrível!). A melhor época do ano para visitar os vinhedos é de maio à agosto.

  Foto: Site Me Joguei no Mundo.

 

A linda cidade de Vevey

Antes de chegar em Montreux, a gente passa por uma uma pequena cidade chamada Vevey. É a cidade sede da Nestlé e onde Charlie Chaplin escolheu para viver junto com a família seus últimos 25 anos de vida. Inclusive o corpo do ator está enterrado no cemitério da cidade, lugar que também acabou virando ponto turístico por causa disso.

  Sede da Nestlé.

 

A casa que Chaplin morou hoje é um museu onde ficam réplicas dos cenários dos filmes mais famosos do ator. É um museu super interativo em que os visitantes podem participar das cenas. O museu se chama Chaplin's World. Informaçãoes de como visitá-lo, no site oficial→https://www.chaplinsworld.com/

 

Montreux

De Lausanne até Montreux é pertinho, são apenas 30 Km (25 minutos de carro). Muita gente conhece essas cidades juntas no mesmo dia porque são pequenas e próximas.

Montreux é uma pequena cidade da Suíça que fica às margens do Lago Léman (também chamado de Lago Genebra). É uma região maravilhosa bem próxima à fronteira com a França e por isso é uma parte da Suíça que se fala o idioma francês.

A estrada é maravilhosa porque tem vista para o lago e as montanhas do Alpes. A gente vai parando nos bolsões de estacionamento pela estrada para apreciar a paisagem e tirar fotos.

Montreaux é famosa por causa do Festival de Jazz que acontece na cidade todos os anos no mês de julho. 

Outro fato que rendeu fama à Montreux foi que a banda Queen veio à cidade em 1978 para gravar 1 álbum e acabou gravando 7! Freddie Mercury se apaixonou pela cidade e decidiu morar por lá. O studio de gravação ficava dentro do Cassino de Montreux, e foi comprado pela banda.  

A sala de controle e o equipamento de som usados pelo Queen continuam lá do mesmo jeito que eles deixaram. O lugar se transformou em museu, o Queen Experience, e pode ser visitado. Um lugar que para os fãs é muito especial pois foi o último local onde Freddie Mercury tocou antes de morrer. 

  Foto: Queen Experience.

 

No museu tem roupas de shows, objetos pessoais, tudo de grande valor emocional. E o melhor de tudo, a entrada é GRÁTIS! O Cassino ainda funciona e depois da visita no museu, muitas pessoas ainda ficam por ali tentando a sorte nos jogos rs.

A banda sempre tirava fotos em frente ao Lago Léman para divulgar os álbuns gravados em Montreux. Por isso, em homenagem à Freddie Mercury, uma estátua de bronze foi colocada ali em 1996 eternizando uma de suas poses mais famosas.

A estátua tem 3 metros de altura e é obra da escultura tcheca Irena Sedlecká.

 

Château de Chillon

  Foto: Wikipedia.

 

Sem dúvida nenhuma, a atração que mais chama turistas para Montreux é o castelo medieval Château de Chillon. Esse é o castelo mais charmoso e famoso da Suíça, conhecido no mundo todo. É o monumento suíço mais visitado e um dos mais bem preservados da Europa, estando classificado como monumento histórico. O Château de Chillon fica às margens do Lago Léman, em Veytaux, a 3 Km de Montreux, de frente para as montanhas dos Alpes. Sim, é um sonho! 

O castelo foi ocupado desde a Idade do Bronze e é resultado de muitos séculos de construções e restaurações. Não é possível datar com exatidão o seu ano de construção, mas os primeiros registos escritos do castelo são de 1150. 

A visita por dentro do castelo percorre os aposentos e pátios internos. É possível ver armaduras, armas, mobílias e afrescos nas paredes que datam desde o século 13. Esse é um ótimo passeio para quem quer conhecer por dentro um castelo de verdade.

Preço 13 CHF por pessoa. Site oficial do castelo (em inglês)→https://www.chillon.ch/en/

  Fotos da internet.

 

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Ana Cassiano

Morei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.

MMorei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.orei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.